sábado, 22 de agosto de 2009

nova matéria


A influência da Influenza


Em épocas de pandemias como estamos passando, é natural as pessoas ficarem preocupadas e assustadas. O medo vem do desconhecido, e tudo é novo com este novo vírus que anda assolando o planeta há alguns meses. Mas em tudo devemos aprender alguma lição, buscar algo positivo no meio do furacão.
Desde o aparecimento do H1N1, vimos a mudança de muitos hábitos estabelecidos. O lazer, que muitas vezes era passear em shoppings centers e cinemas, foi trocado por passeios ao ar livre e visitas familiares. Vemos mais crianças com bicicletas nos finais de semana, mais pais caminhando com seus filhos nas manhãs de domingo. O passeio com colegas foi trocado por passeio em família. Os almoços em restaurantes, por almoços e cafés em casa, com as crianças participando da brincadeira de fazer uma refeição diferente e divertida. As famílias se reaproximaram mais, curtindo outro tipo de lazer, desta vez em conjunto. Reavivamos antigas brincadeiras e jogos em grupo.
Tenho amigos que me disseram que nunca viram faturas do cartão de crédito tão baixas, já que as idas as lojas, aos supermercados e shoppings  diminuiram. Tem marido  dizendo que uma gripe suína por ano faz o orçamento doméstico entrar nos eixos... 
Outra coisa que vemos crescer e que devemos cultivar é a etiqueta da saúde. As pessoas pela primeira vez estão se dando conta que quando estão gripadas ou com outra doença contagiosa, podem contaminar seus familiares, colegas de trabalho e qualquer outra pessoa que tiver contato próximo. Estamos nos dando conta da nossa responsabilidade de não contaminarmos outras pessoas, que devemos ficar em casa quando estivermos doentes, tanto para cuidarmos do nosso corpo quanto do próximo.  E quando estamos doentes, o risco de transmitirmos para nossos filhos e eles para seus colegas é grande, entrando numa corrente que não tem fim. Uma preocupação legítima com a saúde do próximo é um sinal de evolução, tanto pessoal, quanto da nossa sociedade. O egoísmo começa a ser transmutado pela influência da influenza por um sentimento de fraternidade. 
Tenha um final de semana ensolarado.
Humberto Thormann Bez Batti

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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A healthier you, a healthier home, a healthier planet 

A UM PASSO OU A UM ANO LUZ DOS GORILAS?

O que nos diferencia dos gorilas? O DNA? Já sabemos que mais de 99% do nosso é igual ao dos macacos. Capacidade de se comunicar? Os gorilas aprendem a linguagem dos sinais e conseguem se comunicar conosco, pedir água, comida, descrever paisagens... O dom artístico? A gorila Koko pinta e têm exposições pelo mundo a fora … Pesquisas do Instituto Científico alemão Max Planck demonstram que o que  nos diferencia é na verdade um aspecto sociológico: a capacidade inata  de pensar no seu semelhante. Isto é o que nos transforma em seres humanos, nos dá a "humanidade". Colocados lado a lado ser humano e macaco, a diferença entre uma criança de 1 ano e um primata de idade equivalente se deu quando os pesquisadores deixaram cair uma fruta. A criança a devolveu e sorriu. O macaco a pegou e comeu. O instinto animal faz com que ele pense primeiro em si, do humano o faz pensar no outro.

Vivemos num mundo de dualidades: marte e vênus, Jesus e Judas, preto e branco, bonito e feio. Neste  mundo de luz e sombra, qual  a sombra da doação? O acúmulo abusivo de bens materiais. Nunca no mundo  tão poucos tiveram tanto, 60% da riqueza está concentrado na mão de 6% , enquanto metade da população tenta viver com U$ 2 por dia. A sombra pode ter um nome: indiferença, egoísmo. 

Entretanto, nunca houve  na história tantas pessoas  que dedicassem seu tempo e dinheiro em benefício de outros (outros seres humanos, animais ou o planeta). O ato de doar-se não significa exclusivamente amar o outro, mas amar o Todo-Outro. Amar o sentido de sermos amorosos. A busca da liberdade é o fator primordial. Podemos nos sentir livres acumulando bens, pois estes podem nos dar a sensação de segurança, mas uma sensação temporária, passageira, que não se sacia. A cada bem adquirido, partimos em busca de uma nova sensação em outro objeto material, num círculo infindável. A satisfação é momentânea, efêmera. Numa visão capitalista quanto mais você der menos você tem.

Pense neste pequeno planeta como uma casa, na qual moramos como uma família, ou como uma república estudantil. Estamos todos aqui para aprender, vindos de diversas culturas e valores. Mas somos todos estudantes em processo de aprendizado. Imagine que nesta república todos sentam a mesa juntos nas refeições. Você iria almoçar tranquilamente se o colega do seu lado estivesse com o prato vazio e com fome? O desenvolvimento tecnológico nos trouxe carros modernos, celulares, refrigeradores, ar condicionados... Ninguém quer voltar ao tempo das cavernas, aí seríamos realmente mais primatas… Se vivemos num mundo material, estamos aqui não para rejeitar os bens, mas sim para utilizá-los de uma maneira saudável, não esquecendo da nossa essência. Os bens passam de objetivos primordiais para meios. Meios para você ter conforto e bem estar. Todos temos direito a nos sentirmos bem, ao ócio, ao lazer. Mas não devemos esquecer nossa responsabilidade com os outros habitantes e com o planeta. O consumo irresponsável está transformando nosso planeta numa lixeira.

Uma forma oposta de se ter liberdade é se doando. Numa visão existencial, quanto mais você der, mais rico você se tornará. O desapego o torna realmente livre. Uma liberdade completa, que não é temporária. Você depende única e exclusivamente de você para ser feliz e livre. Não depende de acúmulo de bens, nem da opinião dos outros. Você só é realmente livre se não estiver apegado aos bens materiais. Esta liberdade não é efêmera, é auto-sustentável, é ecológica. E não precisa ser através de atos heróicos. Madre Teresa de Calcutá já dizia que o segredo é fazer de maneira grandiosa os pequenos atos. Desde  um sorriso sincero, uma gentileza no trânsito, um olhar de apoio, um agradecimento, um  telefonema a um velho amigo esquecido. É a aplicação, a poupança que você está fazendo para além desta existência. É o que realmente levamos daqui. O resto, são bananas...

Um abraço caloroso e humano

Humberto Thormann Bez Batti


" Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".  Chico Xavier