sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


I see You*

  Assistir a um blockbuster como o filme Avatar não desperta muitas expectativas além de assistir a uma avalanche de efeitos especiais. Poderíamos ficar falando da nova tecnologia que funde as imagens geradas no computador com os atores reais,  ou da fantástica fotografia,  com flores, animais e personagens fluorescentes a noite.  As paisagens são estonteantes. Mas o filme surpreende pela mensagem e o enredo muito atual: a eterna ganância do bicho-homem,  e sua trajetória egoísta através dos tempos. Muitos dizem que é um filme de ficção científica de um futuro distante há mais de 100 anos, mas não: o filme conta uma história que já se passou e se repete continuamente. A história é a mesma do homem branco invadindo a América do Norte, dizimando milhares de bisões somente pelo prazer da caça, destruindo as tradições dos povos indígenas e segregando-os.
O respeito que os povos indígenas têm pela natureza não foi aprendido nestes séculos de ocupação desenfreada, em que tudo se justifica pelo progresso e o lucro. Se existia alguma esperança na Copenhague 15, demonstrou-se que era vã. Conferência política com previsíveis resultados políticos, ou seja, bla-bla-bla. Estudamos história para não repetirmos os erros dos nossos antepassados, mas parece que somos pouco inteligentes para aprendermos a cuidar do nosso lar no universo.
Se a nossa geração não consegue entender isso, sugiro levarmos nossos filhos para assitir ao filme. Numa linguagem que é própria da nova geração, onde tudo é muito rápido, dinâmico e visual, um filme como Avatar pode ensinar a eles a ética com a natureza, o respeito pelos animais mesmo quando temos que matá-los, e a compaixão por todos os seres, mesmo os inimigos; um entendimento que tudo se conecta nesta vida e que somos responsáveis por todos os nossos atos, até mesmo pelo ato da omissão. 
" O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons" Marthin Luther King Jr.

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